IBL e LS lançam guia

Material busca cooperar com organizações da sociedade civil, instituições de ensino, voluntários e entidades que ajudem atingidos por secas, enchentes, inundações, terremotos, deslizamentos e outras catástrofes.

Com a participação de parlamentares e especialistas, o Instituto Brasil Logística lançou oficialmente o Guia de Logística Humanitária na última sexta-feira (27). A publicação ocorreu durante o 1º Encontro Intersetorial de Voluntariado IBL Social, evento que celebrou o Dia do Voluntariado (comemorado anualmente no dia 28 de agosto) e que discutiu a importância de uma boa gestão logística no socorro às vítimas de desastres. O documento foi escrito e produzido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e com o grupo LS Educacional de Brasília.

O encontro aconteceu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT). A ideia de produzir o Guia de Logística Humanitária – o primeiro do tipo já publicado no Brasil – surgiu da necessidade de capacitar profissionais, organizações, voluntários e estudantes para que consigam enfrentar situações extremas causadas por desastres (naturais ou provocados pelo homem) de maneira rápida e integrada.

O vice-presidente do Instituto Brasil Logística, Tiago Lima, foi quem abriu o evento. Lima ressaltou que o IBL tem entre suas premissas a mútua cooperação entre entidades e voluntários para a realização de ações de interesse civil e socioambiental. “O IBL trabalha de forma conjunta com outras organizações sociais promovendo transformação, equidade e oportunidade. Agradecemos a todos que trabalharam na criação desse Guia, além de todos os voluntários que atuam para proporcionar conforto e qualidade de vida a quem mais precisa”, disse o vice-presidente durante discurso.

O Guia de Logística Humanitária teve curadoria técnica de uma das maiores especialistas do tema no mundo. A Doutora Adriana Leiras, que é professora titular do departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio e coordenadora do Laboratório HANDs – Humanitarian Assistance and Needs for Disasters –, já atua com logística humanitária desde 2011. A doutora define a logística humanitária como “o processo de planejar, programar e controlar estoques de mercadorias eficientemente, de um ponto de origem até seu ponto de consumo, atendendo a propósitos beneficentes”. Para socorrer pessoas e animais afetadas por desastres (como enchentes, secas, queimadas, terremotos e outros), Adriana Leiras aponta que uma boa gestão logística de suprimentos, dinheiro, serviços e informações é o diferencial entre o sucesso e o fracasso de qualquer operação humanitária. A pesquisadora Fabíola Negreiros, que integrante do Lab-HANDs e doutoranda na PUC-Rio, também participou da elaboração do guia.

Outra instituição parceira do Instituto Brasil Logística que contribuiu ativamente para a criação do Guia de Logística Humanitária foi o grupo LS Educacional de Brasília. Thiago Gomes, diretor executivo da instituição, afirmou que ajudar a produzir esse guia representa a materialização de tudo que a LS Educacional acredita ser sua missão como organização de ensino. “Nós temos um compromisso, além da educação, de formar cidadãos que vão impactar a sociedade. A sala de aula é só um começo; o fim é quando o nosso aluno, professor e pesquisador coloca a mão na massa e desenvolve algo que vai trazer um impacto social. Eu não tenho dúvida que o trabalho desenvolvido aqui fará isso”, celebra Thiago Gomes.

O Senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), fez questão de participar do lançamento do Guia de Logística Humanitária do IBL. Ele parabenizou o trabalho de todos os profissionais que atuaram na criação do projeto – da concepção ao lançamento – e disse que vai apresentar no Congresso Nacional um projeto de lei que institui o Dia Nacional da Logística Humanitária. “A pandemia de covid-19 mostrou a importância de uma logística eficiente para salvar vidas em todo o mundo. Se não fosse o apoio individual e de iniciativas, às vezes isoladas, talvez a nossa situação tivesse sido ainda mais dramática – no Brasil e no mundo”, ponderou Fagundes.

O 1º Encontro Intersetorial de Voluntariado IBL Social teve participação e apoio do diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasil Logística, Deputado Edinho Bez; da analista de Responsabilidade Social do Instituto Bancorbrás, Danyelle Amaral; da diretora de Comunicação do grupo GPS Foundation, Paula Santana; e da coordenadora da Frente Parlamentar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Mariah Sampaio. O evento foi transmitido na íntegra pelo canal da Frenlogi no YouTube 1º Encontro Intersetorial de Voluntariado e baixe agora mesmo o Guia de Logística Humanitária.

Texto: Rafael Oliveira, analista de comunicação do IBL e Frenlogi.