Um ciclone extratropical formado na costa Sul do Brasil em dezembro (10/12) provocou fortes chuvas em cidades do sul da Bahia. Como forma de mitigar o desastre, foi decretado estado calamidade pelo governo estadual em 24 municípios. Várias cidades ficaram totalmente inundadas, como Jucuruçu, Nova Alegria e Itamaraju, que registrou volume de 450 mm de chuva. Estradas e rodovias ficaram totalmente destruídas, causando ainda mais danos na região.
A explicação para o desastre natural, de acordo com o MetSul, na terça-feira (7), conclui que um centro de baixa pressão começou a se acentuar na costa do Rio de Janeiro e se deslocou para o Sul pelo Oceano Atlântico. À medida que se intensificou para o Sul, ele passou a se aprofundar em mar aberto, formando um espiral de nuvens ciclônicas.

É importante ressaltar a necessidade dos atributos que compõem a Logística Humanitária em situações de desastres naturais. O processo de planejamento, implementação, controle do fluxo de bens e materiais, bem como informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de aplicabilidade que tem como principal finalidade, aliviar o sofrimento de pessoas vulneráveis. O foco da Logística Humanitária está no quão rápido se consegue prover assistência aos vulneráveis em termos de itens e serviços.

“A Logística Humanitária, voltada a operações de socorro à população afetada por desastres e o fornecimento de suprimentos de alívio, é essencial para o sucesso de uma operação de resposta a desastres”. Afirma a Prof. Dra. Adriana Leiras Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio.

Ações em conjunto advindas de todos os setores da sociedade reforçam a necessidade de todos os processos da Logística Humanitária em situação de desastres naturais. O governo da Bahia disponibilizou Helicópteros que partiram de Salvador e da Base Avançada de Barreiras para as áreas onde a situação foi avaliada como “crítica”. Equipamentos de grande porte, como escavadeiras, foram enviados para os trechos impactados pela chuva na BA-284 e na BR-489, respectivamente. Já a Organização Social “Ação Cidadania” e a Organização “Dadivar”, estão com a campanha #natalsemfome que propõe arrecadar alimentos paras as famílias vítimas do ciclone que atingiu o sul da Bahia. Para doar basta acessar: www.natalsemfome.org.br

Segundo o Prof. Dr. Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki, da Universidade de São Paulo – USP, a Logística Humanitária se ocupa em garantir as condições materiais para que a preparação e a resposta a desastres sejam realizadas de forma eficiente, eficaz, imparcial e igualitária. Sua importância é cada vez maior devido ao aumento da frequência e da intensidade de desastres naturais e artificiais, como eventos extremos de clima (chuvas, secas, incêndios), pandemias e deslocamentos humanos (refugiados, migrantes). Ela tem natureza fortemente interdisciplinar e exige a congregação de talentos das mais diferentes áreas de conhecimento. Isto a torna um grande desafio para os profissionais que desejam trabalhar em operações humanitárias, que exigem a coordenação de múltiplos atores, como órgãos de governo, ONG’s, indústria, organizações religiosas, mídia e a sociedade civil, conclui Yoshizaki.

O Instituto Brasil Logística que fomenta estudos técnicos e promove ações voltadas para a logística brasileira, idealizou em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e a LS Educacional de Brasília um Guia de Logística Humanitária que tem como intuito subsidiar Órgãos do Governo e Organizações da Sociedade Civil na mitigação desses desastres. Para baixar o arquivo, basta acessar aqui

Em 2022 a LS e o IBL vão fomentar ações no âmbito universitário sobre a importância da logística humanitária, sobretudo no campo da saúde. Em parceria com a LS Educacional, o IBL produziu o 1º Guia de Logística Humanitária do país.